O design de experiência do usuário (UX Design) desempenha um papel crucial no marketing e consumo, moldando a maneira como interagimos e percebemos os ambientes digitais.
No entanto, cercado por uma aura de mal-entendidos e equívocos, o UX Design é frequentemente mal interpretado, tanto por profissionais quanto por leigos.
Veja agora os 10 maiores mitos de UX Design desvendados, onde você vai conferir os conceitos mal compreendidos e entender claramente o verdadeiro impacto do design na experiência do usuário.
MITO 10: “pequenos detalhes não fazem diferença em bons designs”
Contrariando a crença popular de que “se seu design é bom, pequenos detalhes não importam”, destacamos a sabedoria de Charles Eames: “Os detalhes não são detalhes. Eles fazem o design.”
Este princípio é vividamente ilustrado pela atenção obsessiva da Apple aos menores aspectos de seus produtos, uma filosofia que distingue claramente seus dispositivos no mercado saturado de tecnologia.
Exemplos concretos reforçam essa ideia. No BestBuy.com, uma simples alteração no processo de checkout, permitindo que os clientes pulassem o cadastro, resultou em um aumento significativo nos lucros anuais.
Da mesma forma, a ClickTale viu suas conversões dobrarem com a adição de uma mensagem visivelmente clara de que o campo de número de telefone era opcional.
Estes exemplos, entre muitos outros, sublinham o poder dos detalhes em elevar a experiência do usuário e, consequentemente, o desempenho do negócio.
MITO 9: “Design tem que ser original”
Outro mito que frequentemente encontra espaço no mundo do design é a necessidade de originalidade a todo custo.
Muitos designers sentem-se compelidos a reinventar a roda, negligenciando o fato de que as convenções de design de interface do usuário existem por uma razão: elas são familiares aos usuários, o que elimina a necessidade de aprendizado ou instruções adicionais.
A usabilidade, como muitos especialistas e estudos indicam, muitas vezes supera a inovação pela simples razão de que facilita a experiência do usuário. Afinal, uma solução inovadora só é valiosa se for inequivocamente melhor do que os padrões existentes.
MITO 8: “Fotos de bancos de imagens melhoram a experiência do usuário”
Estudos de eye-tracking e testes de usabilidade demonstram o contrário; essas imagens, muitas vezes genéricas e não relacionadas ao conteúdo, podem na verdade distrair e frustrar os usuários.
Eles tendem a procurar conteúdo significativo e ignorar blocos visuais irrelevantes, uma lição importante para designers e profissionais de marketing visando comunicar eficazmente suas mensagens.
Através da desmistificação desses equívocos comuns, nosso objetivo é iluminar o caminho para uma abordagem mais informada e eficaz do design de UX, onde os detalhes são celebrados, as convenções são respeitadas, e a verdadeira inovação é alcançada não pela reinvenção da roda, mas pelo aprimoramento meticuloso da experiência do usuário.
MITO 7: “Gráficos farão os elementos da página mais visíveis”
O mito de que gráficos e animações flash tornam os elementos da página mais visíveis cai facilmente quando confrontado com a realidade do comportamento do usuário online.
A suposição de que adicionar elementos visuais atraentes a uma parte importante do conteúdo aumentará sua visibilidade é contraproducente. Estudos de eye-tracking, como os realizados por Jakob Nielsen, revelam uma tendência de “cegueira para banners”, onde usuários frequentemente ignoram elementos que se assemelham a anúncios.
Isso ressalta uma verdade crucial: os usuários buscam conteúdo significativo, e não distrações visuais. O contraste, ao invés de gráficos chamativos, serve como uma ferramenta eficaz para destacar e priorizar conteúdo, guiando os usuários para as informações que buscam.
MITO 6: “Sites acessíveis são feios”
O equívoco de que sites acessíveis são inerentemente desprovidos de beleza é desafiado por inúmeros exemplos de websites que combinam harmoniosamente acessibilidade e design visual impressionante.
A separação do conteúdo (HTML) da aparência visual (CSS) permite que sites sejam acessíveis sem comprometer a estética. Exemplos notáveis como CSS Zen Garden, The White House, e Apple.com demonstram que design e acessibilidade podem, de fato, coexistir sem sacrificar nenhum dos dois aspectos.
Isso nos leva a repensar a ideia preconcebida de que a acessibilidade limita a criatividade visual, quando, na verdade, pode ser uma fonte de inovação no design.
MITO 5: “Acessibilidade é cara e difícil”
Por fim, o mito de que a acessibilidade é uma tarefa cara e difícil de implementar é desmistificado ao entender que a chave para um site acessível reside na consideração dos requisitos de usuários com diferentes habilidades desde o início do processo de design.
Ao invés de ser uma carga, a acessibilidade pode aumentar o alcance e a usabilidade de um site, além de ser SEO friendly. A longo prazo, sites acessíveis tendem a ser mais fáceis e econômicos de manter, provando que o investimento inicial em acessibilidade é, na verdade, benéfico tanto para usuários quanto para proprietários de sites.
Através da desmistificação desses mitos, nosso objetivo é destacar a importância de práticas de design baseadas em evidências e a compreensão profunda das necessidades dos usuários.
Ao priorizar detalhes, abraçar convenções quando apropriado, e adotar uma abordagem equilibrada entre acessibilidade e estética, podemos criar experiências digitais que não apenas satisfazem, mas também encantam os usuários.
A verdadeira excelência em UX Design vem da harmonia entre função, acessibilidade e beleza, desafiando os mitos que limitam nossa compreensão e prática do design.
MITO 4: “Design serve para o site ficar bonitinho”
Abordando o mito de que o design é meramente uma questão de estética, é fundamental reconhecer que o design transcende a aparência.
Conforme Steve Jobs sabiamente apontou, “Design não é apenas aparência e sentimento. Design é como funciona.” O verdadeiro propósito do design é solucionar problemas, uma tarefa que exige uma compreensão profunda do comportamento humano, necessidades e expectativas.
Isso significa que a caixa de ferramentas de um designer está repleta não só de elementos visuais como cores e fontes, mas também de pesquisa de usuário, prototipagem e testes de usabilidade.
Esses componentes são essenciais para criar soluções que não apenas pareçam boas, mas que realmente atendam e superem as necessidades dos usuários.
MITO 3: “As pessoas não rolam a página (scroll)”
Contrariamente à crença de que as pessoas não rolam páginas, estudos e análises de comportamento online demonstram que a rolagem é uma prática comum e natural.
A rolagem oferece uma usabilidade superior para conteúdos longos, permitindo uma experiência de leitura mais fluida e contínua.
Para engajar os usuários e incentivá-los a explorar todo o conteúdo, os designers devem considerar estratégias que facilitem a rolagem e mantenham o interesse do usuário. Isso inclui a organização cuidadosa do conteúdo acima da dobra, mas sem negligenciar a importância do que vem depois.
MITO 2: “Todas as páginas devem ser acessíveis em 3 cliques”
O mito de que todas as páginas devem ser acessíveis em 3 cliques tem sido amplamente refutado por pesquisas que mostram que a satisfação do usuário e a taxa de sucesso não são afetadas pelo número de cliques necessários para encontrar uma informação.
O que realmente impacta a experiência do usuário é a clareza da jornada de navegação. Um caminho bem projetado, que guia o usuário intuitivamente em direção ao seu objetivo, é muito mais importante do que a contagem rígida de cliques.
Portanto, o foco deve estar em simplificar a navegação, garantindo que cada clique traga o usuário mais perto de seu objetivo.
MITO 1: “As pessoas lêem na web”
Por fim, o conceito de que as pessoas leem na web da mesma forma que leem impressos é um equívoco.
Na realidade, a maioria dos usuários varre as páginas em busca de palavras-chave, títulos atraentes e informações relevantes.
Este comportamento enfatiza a necessidade de estruturar o conteúdo de forma que facilite o escaneamento, com parágrafos curtos, listas e subtítulos claros.
Quando os usuários encontram o conteúdo que procuram, é mais provável que dediquem tempo à leitura detalhada.
Estude para não cair nos mitos de design
Ao confrontar esses mitos com evidências e práticas baseadas em pesquisa, podemos aprimorar nossa abordagem ao design de UX, focando em soluções que verdadeiramente atendam às necessidades dos usuários.
Design de experiência do usuário é sobre compreender e antecipar as necessidades do usuário, criando caminhos claros e significativos que não só conduzam a uma navegação eficiente, mas também promovam uma interação gratificante e memorável com o conteúdo digital.
Ao aplicar esses insights, os profissionais podem criar experiências digitais que são tanto funcionalmente ricas quanto visualmente atraentes, solidificando o valor do design na criação de conexões autênticas entre os usuários e a tecnologia.
Fonte: UX Myths
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