O pretensioso otimismo desse escrevinhador metido a colunista o levou a crer que seus acidentais leitores(as) apostaram que a pauta dessa semana seria a mais recente ação de comunicação digital do Burger King protagonizada pelo personagem de uma série televisiva do início dos anos 2000. Segundo as regras que regem a performance digital, a escolha dessa pauta seria a mais lógica e sensata.
Para tristeza das poderosas meninas da MACFOR, esse velho professor rabugento insiste em seguir pelo caminho não recomendado por elas. Sobre a mais nova ação do BK, recomendo a leitura da coluna a respeito da ação do mesmo BK envolvendo o Sr. Bengala e de outra envolvendo a CIMED. Basta substituir os protagonistas anteriores pelo atual e tudo continua valendo do mesmo jeito.
Essa é a intenção do BK: “Fiquem falando de mim, por favor!”
Isso posto, vale mesmo comentar a mais recente aquisição do PlayCenter pelo grupo empresarial dono da Cacau Show. Obviamente, um assunto bem mais doce, estratégico e que suscita mais esforço de inteligência.
Antes de tudo, vale lembrar para as pessoas da minha geração que aquele parque da Marginal Tietê da cidade de São Paulo não existe mais.
Atualmente, o negócio do cinquentão PlayCenter é formado pelo Playland e o Playcenter Family, ambos presentes em shoppings centers. Vale ressaltar também que o grupo da Cacau Show já havia adentrado ao setor de hotéis por meio da aquisição do Hotel Vacance, em Águas de Lindóia (SP) e da criação do Bendito Cacao Resort & Spa, em Campos do Jordão (SP). Assunto a ser comentado em outra coluna.
Em termos estratégicos, nada mais do que uma “diversificação horizontal não-relacionada”. Em termos práticos, tal aquisição leva irrefutavelmente a uma análise de hipóteses. A motivação justificadora da referida aquisição pode estar meramente no campo racional da estratégia empresarial, bem como no campo emocional de quem comanda o grupo da Cacau Show. Ou nos dois, o que seria bem conveniente.
Fugindo das especulações “divagatórias” sobre o estilo de gestão de quem comanda a grife de chocolates, o que se tem de exato é a característica comum a ambos os negócios: a presença em shopping centers. A partir da certeza desse pressuposto, pode-se especular, por exemplo, que a Cacau Show pode transformar o Playland e o Playcenter Family em “minis” parques de diversão recheados com chocolate. Em tempo: outras especulações a partir do mesmo pressuposto são bem-vindas.
Se divertir comendo guloseimas ou comer guloseimas se divertindo?
Seja como for, de agora em diante, nas lojas do PlayCenter, isso só poderá ocorrer por meio de guloseimas a base de chocolate.
Em assim acontecendo, o conjunto de significados e associações da marca Cacau Show se amplia para além de seus atuais horizontes, o que propicia a criação de novas ações mercadológicas e estratégicas inimagináveis em tempos atuais. E se você imaginou que Alexandre Costa, gestor do grupo da grife de guloseimas a base de chocolate, pode se tornar o Willy Wonka brasileiro, não se veja como um ser irracionalmente imaginativo.
Nos planos de “Alê Wonka” está a criação de um superparque de diversões na cidade de Itu (SP), algo como uma Disneylândia à brasileira.
Grande por estar em Itu, doce por ser Cacau Show e divertido por ser divertido.
Como toda diversão deve ser.
Ricardo Poli é professor, palestrante, provocador, piadista e colunista da BRING ME DATA.
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As opiniões aqui contidas são de responsabilidade de seu autor e não refletem necessariamente a opinião da Bring Me Data e do blog da Macfor.