A China colocou dois fabricantes de drones com laços em Seattle, Brinc Drones e Insitu, na lista de “entidades não confiáveis”, impondo-lhes sanções comerciais e controles de exportação e isso traz desafios à agricultura 5.0 em escala global.
Essas empresas são acusadas de colaborar com Taiwan, território que a China considera seu, o que acirra ainda mais a guerra comercial com os EUA.
A retaliação da China incluiu um tarifa adicional de 34% sobre todos os produtos importados dos EUA, que pode afetar ainda mais os custos de produção e as cadeias de suprimentos globais. A escalada dessas tensões pode gerar riscos econômicos para empresas globais, especialmente no setor de tecnologia.
Veja também: Os grandes desafios do agronegócio internacional
Impacto no setor tech do agro
Empresas de tecnologia como Apple, Meta e Amazon sofreram grandes perdas no mercado de ações, com quedas de 7%, 5% e 4%, respectivamente, após o anúncio de tarifas pela China. Essas empresas dependem fortemente de fornecedores chineses e da produção em território chinês, tornando-se vulneráveis às flutuações das tarifas e às mudanças nas políticas comerciais.
O impacto das sanções comerciais e tarifas elevadas na economia global é visível, com empresas de tecnologia mais expostas devido à dependência de componentes eletrônicos e fornecedores baseados na China. A exceção para semicondutores pode ser crucial para aliviar parte do impacto, dado que as grandes fazendas de servidores também dependem da tecnologia vinda da China.
O impacto Indireto nas cadeias de suprimentos
A escalada das tensões comerciais pode gerar um efeito cascata nas cadeias de suprimentos agrícolas, especialmente para empresas que dependem de tecnologia e equipamentos eletrônicos importados. Drones e sistemas de automação no campo, por exemplo, podem enfrentar custos mais elevados ou restrições de importação, impactando a eficiência operacional no setor agro.
Empresas de agronegócio podem precisar adaptar suas estratégias de suprimento e logística para lidar com o aumento de tarifas e possíveis escassezes de materiais-chave vindos da China. Isso pode gerar oportunidades para a adoção de tecnologias locais ou diversificação das cadeias de fornecimento.
- Repercussão no mercado global: o aumento nas tarifas comerciais pode afetar diretamente a estratégia de marketing de empresas internacionais, que precisam reajustar sua comunicação e precificação devido aos novos custos de produção. No setor agrícola, isso pode se traduzir em campanhas mais focadas em sustentabilidade e inovação, destacando como as empresas estão adaptando suas operações às mudanças econômicas globais.
- A necessidade de resiliência: o marketing no agronegócio precisará focar em educar consumidores e fortalecer a confiança nas marcas, enquanto o setor lida com incertezas provocadas pelas flutuações no comércio internacional e no mercado de insumos.
Agricultura 5.0
- Uso de drones no agro: embora as tensões comerciais possam afetar a importação de drones, o uso de tecnologia de drones para monitoramento de culturas, aplicação de defensivos e gestão agrícola continua crescendo. As empresas podem investir em tecnologias alternativas ou parcerias locais para evitar depender exclusivamente de fornecedores internacionais, minimizando o impacto das sanções comerciais.
Impactos e oportunidades no agro
A guerra comercial entre os EUA e a China está moldando as estratégias comerciais de empresas ao redor do mundo, com efeitos significativos no mercado de tecnologia e, por consequência, no agronegócio. As sanções comerciais e tarifas adicionais são uma realidade que as marcas precisam considerar, principalmente no setor agro, onde a tecnologia e inovação estão cada vez mais presentes. Para os profissionais de marketing agro, isso representa uma oportunidade de fortalecer a credibilidade e resiliência das marcas no mercado global.
Cadastre-se para receber a BRING ME DATA – Rotação de Culturas toda quarta-feira para não perder as principais novidades e tendências do mercado com opiniões de grandes especialistas do agro.
