Hoje, em qualquer segmento de negócio, a estratégia de contratar um influencer é algo que toda marca deve pensar. A discussão não gira mais em torno de contratar ou não influencer, mas como escolher o influenciador certo para o seu público.
Contudo, é preciso conhecer mais o mercado e os canais onde o marketing de influência faz mais sentido, e é isso que você verá agora.
Antes de contratar um influencer ideal para sua marca, você precisa conhecer qual é o tipo de público em que o marketing de influência gera mais impacto, qual é a faixa etária dos públicos que mais seguem e confiam em influencers, qual gênero e em quais redes sociais os influencers têm mais sucesso e estão em maior quantidade.
Ao conhecer esses dados, você entende onde sua estratégia com influenciador vai gerar mais resultado e onde você vai encontrar mais concorrência. Um estudo recente da OpinionBox foi lançado com dados que respondem todas essas dúvidas que surgem antes de contratar um influencer. Veja aqui os destaques do lançamento.
Veja também:
1 Qual é o público que mais segue influencers nas redes sociais?
Para empresas que querem contratar um influencer, é bom saber se o seu público-alvo, em seu gênero e faixa etária predominante, realmente, seguem e confiam em influencers. Os dados do estudo recente sobre o tema mostram que mulheres entre 16 e 29 anos formam o público que mais segue influenciadores nas redes sociais.
Enquanto 84% das mulheres seguem algum influencer, entre os jovens de 16 a 29 anos, esse número chega a 89%. Isso indica uma forte afinidade desse grupo com o conteúdo gerado por criadores digitais, tornando-o altamente estratégico para marcas que desejam engajar esse público nas redes.
2 Quais redes sociais mais têm influencers?
O Instagram é a rede social com maior número de usuários que seguem influencers: 91% de quem tem conta no Instagram segue algum influencer. E isso é uma estratégia do próprio canal: a plataforma se consolidou como o principal palco para criadores de conteúdo digital graças à sua combinação de formatos visuais (feed, stories, reels), algoritmos voltados ao engajamento e integração com e-commerce, elementos que, evidentemente, influenciaram outras plataformas.
Em segundo lugar vem o YouTube, com 54% dos usuários seguindo algum influencer na plataforma. O canal é ideal para conteúdos mais longos, aprofundados e com maior potencial de gerar autoridade, especialmente em nichos como tecnologia, beleza, educação e lifestyle.
No Facebook, 30% dos usuários seguem influencers e, no TikTok, 28% acompanham influencers. O Facebook concentra mais públicos maduros e comunidades específicas, enquanto o TikTok se destaca pela viralização rápida e alcance orgânico elevado, principalmente entre os mais jovens.
Você poderia pensar que o TikTok é o point dos influencers, no entanto, a rede social chinesa facilita que muitos “anônimos” viralizem, por isso grande parte das contas que os usuários seguem não são de influencers propriamente ditos.
Outras redes, como X/Twitter (13%), LinkedIn (9%) e Pinterest (7%), aparecem como canais complementares, onde o marketing de influência tende a ser mais nichado, estratégico e voltado à construção de reputação, como no caso do LinkedIn, ou inspiração visual (como no Pinterest).
Veja também: Tudo que você você precisa saber sobre o algoritmo do Linkedin em 2025
Por que algumas redes têm mais influencers?
Redes como Instagram e TikTok são nativamente construídas para a descoberta de conteúdo, com algoritmos que priorizam vídeos curtos, interações rápidas e conteúdos visualmente atrativos. Além disso, oferecem ferramentas específicas para criadores, como parcerias pagas, selos de conteúdo patrocinado e integração com lojas.

Justamente por serem os mais populares, Instagram, YouTube e TikTok também são os mais competitivos. A chave é a diferenciação: marcas e criadores precisam dominar sua narrativa, apostar em autenticidade, conteúdo de valor e frequência consistente.
Estratégias como colaborações criativas, microinfluenciadores com alta taxa de engajamento e uso inteligente de dados ajudam a se destacar mesmo em um mar de conteúdos.
Já nas plataformas menos saturadas, como LinkedIn e Pinterest, há espaço para posicionamento mais estratégico, onde a qualidade supera a quantidade.
Nesses ambientes, influenciadores que compartilham conhecimento, visão de mercado ou referências visuais têm mais chances de construir autoridade e engajamento qualificado.
3 Principais razões pelas quais o público segue influencers
Entender por que o seu público segue influencers nas redes sociais é essencial antes de contratar um influenciador para sua marca. Segundo os dados, o principal motivo é a afinidade com o conteúdo: 65% dos usuários seguem influencers porque eles falam sobre assuntos de interesse pessoal. Isso mostra que relevância é o fator mais decisivo, pois o público busca conexão real e não apenas entretenimento.
A personalidade do influenciador também pesa bastante: 46% seguem criadores por serem simpáticos ou carismáticos, e o mesmo percentual se aplica à atratividade do conteúdo em si. Ou seja, não basta apenas saber do que falar, é preciso saber como falar.
Outro dado interessante: 44% seguem porque reconhecem que o influenciador tem experiência ou autoridade no assunto tratado. Isso reforça a importância dos especialistas e creators nichados, principalmente quando falamos de públicos mais exigentes ou decisões de compra mais conscientes.
Há ainda motivações mais subjetivas, como acompanhar uma vida interessante (28%) ou se identificar com o conteúdo profissional (25%). E, embora muito falado, apenas 7% seguem influenciadores por acharem eles bonitos, provando que estética sem conteúdo tem pouco peso quando o objetivo é criar vínculos reais com a audiência.
4 Por quais razões o público deixa de seguir um influencer?
Assim como entender por que as pessoas seguem influenciadores é importante também compreender os motivos que levam ao unfollow.
O principal motivo é queda na qualidade do conteúdo: 56% dos usuários deixam de seguir um influenciador quando percebem que o conteúdo perdeu valor, criatividade ou relevância.
Depois vem a incompatibilidade de valores. 44% dos usuários deixam de seguir influencers que expressam opiniões muito diferentes das suas. Nesse sentido, transparência, posicionamento consciente e comunicação empática são fatores-chave para manter a confiança da audiência.
Além disso, o excesso de publicidade também afasta seguidores: 36% apontam que param de seguir influencers que fazem muita propaganda ou posts patrocinados. Isso mostra a necessidade de equilíbrio entre conteúdo orgânico e publis.
Outros motivos relevantes incluem:
- Divulgação de marcas que o público não confia (26%);
- Mudanças bruscas no conteúdo ou estilo de vida (23%);
- Descoberta de comportamentos controversos do passado (21%);
- Falta de frequência nas postagens (15%).
Veja também: Como criar conteúdo no LinkedIn que não seja chato
5 O público compra produtos recomendados por influencers?
Sim e muito! Os dados mostram que 69% dos usuários já realizaram algum tipo de compra após a recomendação de um influenciador.
Apenas 18% afirmam nunca ter comprado algo por influência de um creator, e 13% não sabem ou não lembram. Isso significa que, na prática, quase 7 em cada 10 consumidores já compraram por influência.
6 Categorias de produtos mais comprados por recomendação de influencers
Os segmentos que mais seguem recomendações de influencers estão ligados ao autocuidado, estilo e aprendizado, reforçando o papel forte do influenciador em decisões cotidianas.
No topo da lista estão os cosméticos, com 45% dos consumidores afirmando já terem comprado produtos desse tipo por recomendação de um influencer.
Logo em seguida aparecem roupas e cursos/conteúdos educacionais, ambos com 40%. Na sequência, livros (33%) e maquiagem (33%) seguem a mesma lógica da confiança e identificação com o estilo de vida do influenciador.
Já categorias como alimentos e bebidas (27%), sapatos (20%), aplicativos de celular (19%) e produtos esportivos (19%) também aparecem com força, muitas vezes ligados a rotinas, dicas práticas e demonstrações no dia a dia dos criadores.
Bolsas e acessórios e itens de decoração, com 17% cada, mostram que até mesmo compras mais “estéticas” ou emocionais podem ser motivadas por uma recomendação bem feita.
Essas informações ajudam marcas a:
- Priorizar os segmentos mais propensos à conversão via influência;
- Escolher influenciadores com mais autoridade e sintonia em categorias específicas;
- Ajustar estratégias de conteúdo com base no que realmente movimenta o consumidor.
7 Perfil dos influencers mais seguidos no Brasil
O público brasileiro tem preferências claras sobre quem vale a pena acompanhar nas redes sociais. Entender esse perfil dominante é importante para contratar influencers e poder construir campanhas com maior engajamento.
Os influencers mais seguidos pelo público do Brasil têm as seguintes características, de acordo com os dados:
89% são brasileiros/ moram no Brasil;
84% têm alcance nacional (grande preferência ao invés dos que são regionais ou locais);
78% tem muitos seguidores;
62% são mais jovens, abaixo de 35 anos;
38%¨têm acima de 50 anos;
58% são mulheres, e 42% homens.
Em resumo: o influencer mais seguido no Brasil tende a ser: mulher, jovem, brasileira, de alcance nacional e com muitos seguidores.
Faça esta análise antes de contratar um influencer
A partir do gênero, faixa etária e outras características do seu público, analise esses dados e veja qual perfil de influencer vale a pena contratar para a sua marca.
Entender quem o público segue, por que segue e o que compra a partir disso é fundamental para gerar resultados e manter a coerência do seu posicionamento.
Receba todas as notícias e análises de marketing que mais importam toda semana no seu e-mail. Assine a melhor newsletter de marketing: BRING ME DATA.