No setor de healthcare e tecnologia em saúde, o marketing exige atenção redobrada devido às normas e regulamentações vigentes.
Empresas que atuam com equipamentos médicos e soluções medtech enfrentam desafios próprios para comunicar seus produtos e serviços, especialmente por causa da alta regulação imposta por órgãos como a FDA (Food and Drug Administration) nos Estados Unidos e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no Brasil.
Conheça agora as principais regras e diretrizes de marketing para healthcare e garanta que sua empresa esteja alinhada às exigências legais e maximize o alcance com estratégias responsáveis.
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Por que o marketing para healthcare é tão regulado?
A comunicação na área de saúde pode influenciar diretamente decisões que afetam a vida e a segurança dos pacientes.
Por isso, órgãos reguladores definem padrões rigorosos para garantir a veracidade das informações, proteger o público contra publicidade enganosa e assegurar que todos os materiais estejam em conformidade com normas éticas e legais.
Principais órgãos reguladores
- Anvisa (Brasil): regula produtos para saúde no país, incluindo dispositivos médicos, e fiscaliza a publicidade para assegurar que as informações sejam claras e não induzam ao erro.
- FDA (Estados Unidos): regula dispositivos médicos, medicamentos e produtos relacionados, definindo regras sobre o que pode ser comunicado em marketing e publicidade.
- EMA (Europa): Agência Europeia de Medicamentos, que também define diretrizes para comunicação na área de saúde em países membros.
Principais regras de marketing para healthcare
1. Publicidade deve ser verdadeira, clara e baseada em evidências científicas
No setor de healthcare, qualquer afirmação sobre benefícios, eficácia ou segurança de um produto deve ser fundamentada em evidências científicas robustas.
Isso significa que antes de divulgar qualquer resultado ou benefício, a empresa deve garantir que haja estudos clínicos ou dados comprovados que sustentem essas afirmações.
Publicidade enganosa ou promessas exageradas, além de prejudicar a imagem da empresa, podem gerar sanções legais severas. A FDA e a Anvisa fiscalizam rigorosamente essas práticas para garantir a proteção do paciente e do consumidor.
2. Limitação de público-alvo na comunicação
A comunicação deve ser cuidadosamente direcionada para o público apropriado. Em muitos casos, os dispositivos médicos e tecnologias são indicados para uso exclusivo de profissionais de saúde, e o marketing deve refletir isso.
Anúncios ou materiais que visam diretamente o consumidor final sem autorização podem infringir normas regulatórias. Portanto, campanhas precisam segmentar públicos como médicos, hospitais e gestores, utilizando canais especializados e conteúdo técnico.
Além de exigir comprovação científica, as agências reguladoras estipulam que todas as comunicações devem informar os riscos, contraindicações e limitações do produto.
É obrigatório que os materiais publicitários não omitam possíveis efeitos adversos ou restrições de uso, mantendo total transparência para evitar decisões equivocadas. Na prática, isso significa que anúncios de equipamentos médicos devem incluir informações claras sobre segurança e possíveis efeitos colaterais.
Antes da divulgação, os materiais de marketing geralmente precisam passar por processos internos de revisão regulatória e, em alguns casos, por aprovação de órgãos externos.
Esse controle interno garante que o conteúdo esteja em conformidade com as normas vigentes, evitando riscos jurídicos e prejuízo à reputação da marca. O marketing, a equipe jurídica e a área regulatória devem trabalhar integrados para aprovar cada peça com cuidado.
5. Proibição de oferta de brindes ou incentivos que possam influenciar a prescrição
A legislação proíbe a oferta de brindes, viagens ou qualquer tipo de incentivo que possa ser interpretado como influência indevida para prescrição ou compra de dispositivos médicos.
Essa prática, conhecida como “propaganda indevida”, fere princípios éticos e legais, e pode resultar em multas elevadas e danos à reputação da empresa. Portanto, o marketing deve focar na educação e informação, não em vantagens pessoais.
6. Publicidade para produtos ainda não aprovados ou fora do uso indicado
É estritamente proibido promover dispositivos médicos que ainda não foram registrados ou aprovados pelas autoridades sanitárias competentes para determinada indicação clínica.
Isso inclui a divulgação de usos “off-label” — quando o produto é promovido para aplicações não autorizadas. A comunicação deve refletir fielmente o registro oficial do produto para evitar sanções e garantir segurança ao usuário.
Manter a transparência é fundamental para construir confiança com o público. Toda peça publicitária deve apresentar informações claras sobre possíveis riscos, contraindicações e efeitos adversos.
Essa prática não só cumpre as normas, mas também ajuda profissionais de saúde a tomar decisões informadas, elevando o padrão ético da comunicação.
8. Uso correto das redes sociais e canais digitais
As redes sociais são ferramentas poderosas, mas seu uso no setor healthcare deve ser cuidadoso. Publicações que contenham informações promocionais devem respeitar as restrições regulatórias, evitando linguagem comercial direta quando o canal é acessível ao público geral.
As plataformas digitais são mais indicadas para conteúdo educativo, divulgação de eventos científicos e relacionamento com profissionais, sempre com atenção ao compliance.
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