A televisão precisa se atualizar o tempo inteiro para acompanhar as mudanças tecnológicas.
O começo dessa ligação foi lá em 1884, quando Paulo Nipkow descobriu que o elemento químico selênio poderia ser utilizado para transmitir imagens em movimento.
Ele inventou um disco cheio de furos que transmitia a imagem quando a luz passava por eles.
Desde então, muita história aconteceu: a primeira transmissão de televisão transatlântica, o nascimento da televisão eletrônica, as transições televisivas na década de 30, e a inauguração da TV Tupi no Brasil na década de 50.
Portanto, marcou o início de uma nova era para o marketing, com profissionais desenvolvendo formatos inovadores com conteúdos patrocinados.
A TV replicou modelos de rádios, com jingles e testemunhais, com conteúdo patrocinados diretamente pelas marcas.
Na década de 60, o público pôde ver mais uma ligação entre produtos e mídia: jingles que marcaram época e permaneceram por décadas, demonstrando o poder da associação emocional.
Embora por muito tempo a televisão por assinatura tenha possibilitado a segmentação do público, a TV seguiu sendo um importante meio de divulgação, interações multicanais e engajamento massivo.
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Mas tá… estamos em 2025. Não está faltando alguma coisa?
Claro. A parte final dessa experiência mais utilizada atualmente: a compra pelo digital.
As marcas entenderam o potencial das emissoras de impulsionar buscas, de atrair um maior engajamento em redes sociais e grandes resultados em plataformas digitais, para além da forma básica de fazer com comercial e da leve menção durante os programas da telinha.
Hoje, quem integra suas campanhas e digitaliza sua forma de vender, cria uma experiência muito mais completa.
O consumidor precisa ver um personagem que se identifique procurando por um produto, uma situação que ocorre que o leve a recorrer ao produto/serviço para querer ter a mesmíssima experiência, não apenas só ver o logo da marca e cogitar como pode ser a ideia da experiência, e sim, ver o impacto dela.
Não à toa, a novela Vale tudo bateu o maior faturamento comercial em 60 anos de emissora.
As ações de merchandising do programa são as responsáveis por essa performance notória.
De acordo com a divulgação, a emissora já fez 76 inserções comerciais com 16 marcas diferentes. Segundo a emissora, o remake da obra já impactou 125 milhões de pessoas, chegando a quase 80% dos lares do Brasil.
Gigantes que impactam
Vale Tudo já exibiu ações de conteúdos de gigantes como Coca-cola, Vivo, Dove, L’oreal, O Boticário, Amazon, Zé Delivery, Uber, OMO, BYD, Comfort, entre outras.
O remake já arrecadou cerca de 200 milhões de reais em ações de merchandising nos três primeiros meses de exibição.
A assessoria da Defensoria Pública do Rio de Janeiro divulgou que, após a cena de Lucimar (Ingrid Gaigher) recorrendo ao aplicativo do órgão para cobrar pensão alimentícia, houve um crescimento de 300% no aplicativo no exato horário da novela.
1148 agendamentos foram realizados via aplicativo – 70% acima da média diária em 2025. Na cena, Daniela (Jessica Marques), uma estudante de direito, a auxilia a usar o celular e regularizar a guarda.
Quando a TV digitaliza essas experiências, ela transforma entretenimento em ação imediata.
O futuro já começou: quem digitaliza, ganha.
Mas ainda não paramos por aí, embora a televisão tenha entendido a necessidade de trazer as marcas para os seus produtos para conseguir fazer uma ligaçao estabelecida com o digital e se reinventar, a tecnologia não para de avançar.
O Brasil passará por uma próxima onda de inovação com a chegada da televisão 3.0, prevista para entrar em operação ainda este ano com suas principais evoluções.
Além do salto de resolução, o componente da TV 3.0 exigirá a conexão com a internet já que será possível interagir e responder enquetes, escolher diferentes câmeras de um reality show ou um jogo de futebol.
A grande virada de chave e, portanto, uma nova era de campanhas integradas: o público compra online os itens que vê na tela.
- O espectador deixa de ser apenas receptor: Passa a interagir, votar, comprar, compartilhar em tempo real enquanto assiste, transferindo poder para o público e dados para as marcas.
- Convergência efetiva: as marcas poderão sincronizar campanhas publicitárias entre TV, redes sociais, e-commerce e outros meios digitais, potencializando o chamado ‘efeito halo’.
- Medição e ROI: com capacidade de analisar cliques, interações e compras diretamente na TV, as marcas poderão mensurar resultados de cada campanha em tempo real.
Será possível também personalizar os temas e propagandas, o que potencializará campanhas publicitárias. Isso porque, amplia tanto a entrega massiva quanto a possibilidade de mensuração detalhada de resultados, assim como ocorre no marketing digital.
Quando a TV digitaliza seu conteúdo, ela, portanto, cria novas portas para negócios e serviços públicos.
Ela também disponibilizará serviços e políticas públicas para a população, principalmente para os de baixa renda, que envolvam saúde e educação. E, no fim, quem integra, digitaliza e quem digitaliza, ganha.
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