O avanço acelerado da inteligência artificial está agilizando muito os processos seletivos de novos colaboradores em empresas. Por outro lado, essa mesma inovação está está provocando o retorno às entrevistas presenciais nas maiores empresas do mundo.
Em meio a golpes digitais e ao uso criativo, e muitas vezes questionável, de ferramentas como chatbots durante entrevistas online, marcas como Google, McKinsey, Cisco e Deloitte já declaram: é hora de reencontrar os candidatos, cara a cara.
Inteligência artificial obriga volta ao presencial
O uso de IA generativa no recrutamento tem tornado as entrevistas remotas cada vez menos confiáveis. Plataformas de mensagens instantâneas e ferramentas de IA são facilmente empregadas por candidatos para obter respostas precisas em tempo real, sem que o entrevistador perceba.
Em paralelo, surgem ameaças digitais como falsos recrutadores utilizando IA para aplicar golpes, tornando o ambiente virtual cada vez mais vulnerável.
O CEO do Google, Sundar Pichai, admitiu recentemente que a empresa está trazendo de volta pelo menos uma rodada de entrevista presencial para cada candidato. O objetivo é garantir que os profissionais realmente dominam os fundamentos da vaga de interesse e afastar o fantasma das respostas artificiais. McKinsey, por sua vez, exige há mais de um ano ao menos um encontro presencial antes de finalizar qualquer contratação.
Entrevistas presenciais já são uma forte tendência
Segundo a consultoria de recrutamento Coda Search, pedidos por entrevistas presenciais saltaram de 5% em 2024 para 30% em 2025 entre seus clientes, um crescimento impressionante atribuído, sobretudo, ao risco crescente de manipulação por IA.
Outros dados reforçam o movimento: uma pesquisa da American Staffing Association revelou que 70% dos profissionais preferem entrevistas cara a cara, mostrando um desejo coletivo por processos mais autênticos e livres de interferências tecnológicas.
Presencial: de volta ao futuro
O movimento também reacende práticas tradicionais, como entrega física de currículo, numa tentativa deliberada de contornar armadilhas tecnológicas.
O dilema contemporâneo
Apesar da velocidade das entrevistas virtuais e da praticidade proporcionada pela IA, os riscos superam as vantagens para quem prioriza segurança e idoneidade no processo seletivo.
O cenário reforça a necessidade de um equilíbrio entre inovação tecnológica e relações humanas autênticas e, para empresas que não querem correr riscos, o jeito mais seguro de conhecer o talento do futuro é, cada vez mais, presencialmente.
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