Dia da Cerveja: a disputa das marcas pelo mercado brasileiro
O Dia da Cerveja acontece na primeira sexta-feira de agosto e, em meio a várias promoções e experiências regadas a uma das bebidas mais amadas do mundo, resolvemos analisar o mercado brasileiro da categoria.
O segmento de cerveja tem sido palco de uma acirrada disputa entre duas gigantes do setor: a Ambev e a Heineken Brasil. Ambas as cervejarias estão comprometidas em conquistar a preferência dos consumidores e ampliar sua fatia do mercado, levando a uma competição intensa e repleta de estratégias inovadoras.
Neste artigo, vamos analisar como essas duas grandes empresas estão se posicionando e quais estratégias de marketing e negócios estão empregando para manter ou alcançar a supremacia no cenário cervejeiro brasileiro.
Dia da Cerveja: qual é a preferida do Brasil?
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Bank of America (BofA) com mil consumidores brasileiros, a Heineken se consolida como a marca de cerveja preferida no país. Essa posição de destaque não é novidade, pois a Heineken vem sendo escolhida como a marca preferida desde o início da pesquisa em 2018, e este ano marca a sexta vez consecutiva que ela lidera essa preferência.
A tendência de crescimento da Heineken como a preferida entre os brasileiros tem sido notável ao longo dos anos. Em 2018, 49% dos entrevistados elegeram a Heineken como sua marca preferida, e em 2023, esse número saltou para impressionantes 70%. Isso evidencia o contínuo fortalecimento da marca junto aos consumidores nacionais.
O ranking das cervejas favoritas
Em relação às marcas concorrentes, a Brahma aparece como a segunda colocada, sendo preferida por 59% dos entrevistados, seguida pela Budweiser com 51% e Amstel com 48%. Vale destacar que os consumidores tiveram a possibilidade de escolher mais de uma marca, o que explica a soma total acima de 100%.
Enquanto a Heineken reforça sua liderança como a marca preferida, a Ambev, detentora de marcas como Skol, Brahma e Antarctica, tem se destacado no ganho de participação de mercado, de acordo com a mesma pesquisa do BofA.
Neste ano, a Ambev apresentou um crescimento de três pontos percentuais, atingindo 58% de participação, enquanto a Heineken registrou uma leve queda de dois pontos percentuais, alcançando 29% de participação.
Essa disputa acirrada entre a Heineken e a Ambev mostra como ambas as empresas estão empenhadas em conquistar a preferência dos consumidores brasileiros e expandir sua fatia do mercado cervejeiro. Enquanto a Heineken busca fortalecer sua marca e se manter como a preferida, a Ambev trabalha para ampliar sua participação e conquistar novos consumidores.
Frequência de consumo de cerveja no Brasil
De acordo com a pesquisa do BofA sobre o consumo de cerveja, quase 60% dos entrevistados revelaram que bebem cerveja pelo menos duas vezes por semana, e 30% afirmaram que consomem a bebida uma vez por semana. Esses números mostram não apenas uma alta frequência de consumo, mas também um aumento no volume consumido.
Em comparação com o ano de 2020, houve uma significativa mudança no comportamento dos consumidores. Naquele ano, apenas 25% mencionaram que o consumo de cerveja estava em ascensão, mas em 2023 esse número aumentou para 40%.
Surpreendentemente, essa tendência de crescimento vale para todas as faixas de renda e idades, indicando que o interesse pela cerveja está em alta em todas as camadas da população brasileira.
Heineken vs Ambev
Apesar do momento favorável, o BofA optou por manter uma posição neutra em relação à Ambev. Os analistas do banco acreditam que a recuperação da empresa pode enfrentar riscos macroeconômicos e tributários que podem impactar seu desempenho no futuro. É importante ressaltar que, mesmo com o bom momento, a Ambev continua sendo monitorada em relação a essas possíveis questões.
Neste ano, as ações da Ambev, que possui uma avaliação de mercado de R$ 271,6 bilhões, apresentaram um aumento de 3,7%. Esse desempenho, embora positivo, demonstra a importância de cautela no cenário econômico e a necessidade de considerar fatores externos que possam influenciar o mercado de cerveja e, consequentemente, a empresa.
Em resumo, a pesquisa do BofA revelou um cenário de alto consumo de cerveja no Brasil, com uma frequência significativa e crescente entre os consumidores. Apesar disso, a Ambev, mesmo sendo uma das principais empresas do setor, enfrenta desafios e incertezas, o que justifica a postura neutra adotada pelos analistas do banco. O mercado de cervejas continua dinâmico, e o monitoramento cuidadoso é essencial para tomar decisões sólidas e bem informadas.
Ambev: inovação e liderança tradicional
A Ambev, controlada pela gigante belga Anheuser-Busch InBev, é uma das líderes do mercado de cervejas no Brasil. Com marcas populares, como Skol, Brahma e Antarctica, ela detém uma fatia de aproximadamente 60% do mercado, conforme apontado pela projeção da CervBrasil.
Para manter sua posição dominante, a Ambev não tem poupado esforços em investir em lançamentos de produtos e campanhas publicitárias marcantes.
A estratégia da Ambev inclui uma abordagem consolidada de marketing, aproveitando-se de sua marca já estabelecida e amplamente reconhecida no país. A empresa tem se empenhado em fortalecer sua presença no mercado de cervejas artesanais, percebendo a crescente demanda dos consumidores por opções diferenciadas e de alta qualidade.
Isso é uma prova da habilidade da Ambev em se adaptar às tendências do setor, garantindo que ela esteja sempre um passo à frente na preferência dos consumidores.
Heineken Brasil: estratégia de aquisições e expansão regional
A Heineken Brasil, subsidiária da renomada cervejaria holandesa Heineken, tem sido uma forte concorrente da Ambev nos últimos anos. Sua estratégia diferenciada se baseia na aquisição de cervejarias regionais e no lançamento de novas marcas, o que lhe permitiu ganhar terreno no mercado brasileiro.
Com marcas populares, como Heineken, Kaiser e Schin, a Heineken Brasil conquistou uma participação de mercado de cerca de 21%, como indicado pela projeção da CervBrasil em 2021.
Ao adquirir cervejarias regionais, a Heineken Brasil expandiu sua linha de produtos e aumentou sua presença em diferentes regiões do país, saindo da sua base tradicional no sul e sudeste.
Essa estratégia demonstra uma perspicácia comercial, pois permite à empresa se aproximar de novos consumidores e adaptar suas ofertas às preferências locais. Essa abordagem regionalizada é uma das principais responsáveis pelo crescimento constante da Heineken Brasil no mercado nacional.
Estratégias de marketing e parcerias
A disputa entre a Ambev e a Heineken Brasil tem incentivado ambas as empresas a investirem pesadamente em estratégias de marketing para conquistar e fidelizar os consumidores. Campanhas publicitárias criativas, patrocínios esportivos e parcerias com eventos musicais tornaram-se táticas comuns usadas por ambas as empresas para atrair a atenção do público-alvo.
Essas cervejarias também têm buscado se alinhar às preferências e às necessidades dos consumidores modernos, investindo em novos estilos de cerveja, como cervejas orgânicas e sem glúten.
A diversificação de produtos é uma resposta à crescente conscientização dos consumidores sobre saúde e sustentabilidade, o que, por sua vez, impulsiona a demanda por alternativas mais saudáveis.
Investimento em tecnologia e sustentabilidade
Para garantir uma operação mais eficiente e sustentável, ambas as empresas estão direcionando seus recursos para o desenvolvimento e a adoção de novas tecnologias. Essa iniciativa não apenas otimiza a produção, mas também permite que elas reduzam seu impacto ambiental, algo cada vez mais valorizado pelos consumidores e pela sociedade em geral.
Dia da Cerveja e seus cases de marketing
A batalha entre a Ambev e a Heineken pelo mercado de cerveja no Brasil é uma verdadeira demonstração de como as grandes empresas do setor de bebidas estão buscando se adaptar a um mercado em constante evolução.
Ao investirem em estratégias de marketing inovadoras, expansão regional, diversificação de produtos e tecnologia sustentável, essas cervejarias estão pavimentando o caminho para o sucesso no cenário competitivo.
Com a demanda por cervejas artesanais e produtos mais saudáveis em ascensão, a competição entre as duas empresas só tende a aumentar. Nesse contexto, vale acompanhar como essas cervejarias líderes estão moldando o futuro do mercado brasileiro de cervejas, criando um ambiente dinâmico e repleto de oportunidades para os consumidores e para o setor como um todo.
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