Mercado da insônia: como a indústria do sono deve gerar US$50 bilhões até 2030
O mercado da insônia tornou-se uma realidade inegável no mundo moderno, refletindo um fenômeno que vai muito além de um simples transtorno do sono.
Este mercado, abrangendo tudo, desde aplicativos a terapias especializadas, está projetado para alcançar um valor impressionante de quase US$50 bilhões até 2030. Veja dados e tendências que moldam este setor em expansão.
O mercado global da insônia
De acordo com dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 72% dos brasileiros lidam com algum distúrbio do sono, com a insônia sendo uma queixa comum.
Esse número alarmante não é exclusivo do Brasil; é um reflexo de uma tendência global. A insônia, agora vista como um problema de saúde pública, impulsiona um mercado vasto e diversificado. Um relatório da Allied Market Research estima que o mercado global da insônia atinja um valor de US$6,3 bilhões até 2030, um salto notável no setor.
A tecnologia para insônia
A influência da tecnologia nesse setor é dupla. Por um lado, dispositivos eletrônicos são frequentemente rotulados como vilões da insônia. Por outro, se tornaram ferramentas indispensáveis no combate ao problema. Dispositivos como relógios e pulseiras inteligentes estão na vanguarda deste mercado, oferecendo monitoramento digital do sono.
A Internet e os influenciadores digitais também têm um papel crucial. Streamers como Amouranth, que lucram transmitindo seu sono, exemplificam como o sono se tornou um conteúdo digital lucrativo. Este aspecto da “monetização do sono” é um fenômeno crescente no mercado da insônia.
O crescimento exponencial da tecnologia do sono
O mercado de tecnologia do sono está projetado para crescer de US$ 12,9 bilhões em 2020 para impressionantes US$ 49,9 bilhões em 2030.
Este crescimento é impulsionado por uma variedade de fatores, incluindo o desenvolvimento de aplicativos que oferecem gerenciamento de medicamentos, diários do sono e teleconsultas com terapeutas especializados.
Medicamentos para insônia
Em meio a este cenário tecnológico, a venda de medicamentos para insônia continua a crescer. Dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostram um aumento nas vendas de medicamentos contendo hemitartarato de zolpidem, um popular sedativo. Este aumento é particularmente notável desde o início da pandemia de COVID-19.
O impacto dos aplicativos e a eficiência do sono
Aplicativos desenvolvidos para complementar tratamentos medicamentosos estão se mostrando eficazes.
Um estudo da SleepUp mostrou que usuários de seu aplicativo experimentaram uma melhora de 41% no índice de insônia e 40% no índice de higiene do sono. Estes resultados são indicativos do potencial dessas tecnologias digitais em oferecer soluções personalizadas para problemas de sono.
O mercado da insônia está evoluindo rapidamente, abraçando tanto a tecnologia quanto as abordagens tradicionais. Enquanto nos preparamos para um futuro em que o mercado da insônia poderá gerar quase US$50 bilhões até 2030, é essencial considerar os impactos desses desenvolvimentos na saúde pública e no bem-estar individual.
Com um equilíbrio entre inovação e cuidado, podemos esperar avanços significativos na maneira como lidamos com a insônia e outros distúrbios do sono.
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