As cinco tendências de consumo mais fortes para 2023
Em grandes eventos de varejo, publicidade e mídia que aconteceram ao longo do ano passado e no começo deste ano como o NRF Retail’s Big Show, o maior evento de varejo do mundo, vários experts afirmaram que as consequências da pandemia ainda vão ditar as tendências de consumo de 2023. Aqui veremos quais são elas.
A principal relação entre as tendências ocasionadas pela pandemia e o comportamento do consumidor em 2023 é resultado da situação econômica global.
Segundo os especialistas, há um indício de que as reservas financeiras que as pessoas fizeram nesse período estão acabando e, por essa razão, os consumidores estão muito mais críticos a respeito de investir em uma compra.
A seguir, você verá como esse comportamento mais crítico e cauteloso deve moldar as tendências de consumo em 2023 e quais são as principais.
O que você verá neste artigo
- Tendências de consumo em 2023
- Economizar é prioridade
- Consumidores muito mais críticos
- Tudo “para ontem”
- Menos carros, mais assinaturas
- Só smartphone, adeus carteira
Tendências de consumo em 2023
Com base em levantamentos feitos por consultorias globais como a Affinity Solutions, alguns especialistas declaram que devido à necessidade de voltar a economizar dinheiro, alguns hábitos criados na pandemia voltarão a ganhar força.
Eles se referem a voltar a ver mais filmes em casa do que no cinema, até porque existe uma gama de opções maior dos serviços de streaming. O hábito de comer em casa ao invés de sair para fazer as refeições também vai voltar à tona.
Essas atividades eram aquelas que, com o enfraquecimento das restrições da pandemia, retornaram à rotina do consumidor. No entanto, com a inflação flutuante fixando os preços em alta, faz-se necessário recuperar algumas medidas de cautela financeira.
Motivadas por essa questão central, entre outras, veja as principais tendências de consumo em 2023:
1. Economizar é prioridade
Como dissemos, a pandemia teve uns efeitos inesperados de tomar, abandonar e retomar alguns hábitos de consumo.
Por exemplo, no começo do período de maiores restrições alguns gastos chegaram ao pico, e então o ato de guardar dinheiro ganhou predominância. Nos Estados Unidos, essa economia gerou uma reserva de mais de US$2 trilhões de dólares, de acordo com dados da Affinity.
As categorias que foram cortadas dos gastos para gerar essa economia foram: combustíveis, turismo e restaurantes. Que são as mesmas que devem sentir o impacto desses cortes em 2023 novamente.
Já que guardar dinheiro ou simplesmente não correr riscos financeiros será uma das principais tendências de consumo em 2023, o que se espera é que o orçamento do consumidor para produtos essenciais como comida aumente e que para os não-essenciais diminua, como roupas e viagens.
2. Consumidores muito mais críticos
Seguindo a tendência da cautela financeira, o consumidor vai analisar muito mais o produto e as condições de pagamento antes de tomar uma decisão de compra. E, claro, vai sempre solicitar mais vantagens.
Em suma, as empresas terão que lidar com “clientes mais chatos” e, por isso, haverá maior necessidade de criar e evidenciar condições mais favoráveis de compra.
Alguns especialistas declaram, inclusive, que esse tipo de cliente veio para ficar. Aquele que pesquisa muito, compara várias opções e se antecipa muito a compras sazonais como aquisições para as férias ou as escolhas da Black Friday e do Natal.
3. Tudo “para ontem”
Além de mais crítico, o consumidor vai ficar com maior senso de urgência. Afinal, quando decidir fazer a compra não vai admitir demora na entrega ou não sair com o produto em mãos quando for comprar presencialmente.
Por isso, mais e mais lojas devem aderir à estratégia do estoque ou prateleira infinita para oferecer melhores experiências de compra.
A tendência para 2023 no varejo é ter um total de zero consumidores insatisfeitos. As lojas físicas, principalmente, devem usar a solução da prateleira infinita para integrar os estoques das lojas físicas e virtuais. Dessa forma, se o cliente foi até a loja e não encontrou o que queria, não tem problema, o que ele deseja vai chegar à sua casa.
Por isso, um termo que será bem visado pelos varejistas em 2023 é o retail design, para integrar as experiências físicas e virtuais de compra e oferecer uma jornada de compra cada vez mais aprimorada.
4. Menos carros, mais assinaturas
Quando guardar dinheiro é uma prioridade, a compra de automóveis também sofre queda. E nos próximos anos esse impacto deve ser ainda maior com a possível consolidação dos serviços de carro por assinatura.
Os carros por assinatura chegaram ao mercado e já veem altas possibilidades de receita, ao contrário de serviços como Uber que só gerou lucro após uma década de operação.
Com mensalidades a partir de R$1.400, o setor registrou forte demanda em 2022, com mais de 100 mil veículos no Brasil.
Há fortes indícios de que, este ano, o consumidor seja mais impactado por anúncios desse tipo de negócio do que por comunicações das montadoras e concessionárias. Afinal, com a alta do preço dos carros novos, o público das fabricantes vem reduzindo.
Nessa estrutura, ao invés de comprar o carro, o cliente faz uma assinatura por um período a partir de um ano. As mensalidades geralmente incluem além do próprio veículo, os custos de seguro, impostos, revisões e manutenções programadas. Em princípio, é mais barato e demanda menos responsabilidade do que ter o carro próprio.
5. Só smartphone, adeus carteira
Cada vez mais digital, o consumidor vai adotar o smartphone como substituto definitivo da carteira de bolso. A prática, cada vez mais comum entre os mais jovens, deve predominar entre os millennials e a geração Z.
O celular já é usado por muitas pessoas como carteira digital, onde guarda todos os seus aplicativos bancários, entre outros serviços que envolvem pagamentos. Entretanto, em 2023 ele deve assumir de vez o papel de carteira convencional levando também os documentos pessoais e oficiais dos usuários.
Dados da Opinion Box indicam que isso já é uma realidade:
- 82% que têm smartphone têm alguma versão digital oficial de documentos no dispositivo;
- 54% têm a versão digital oficial do Título de Eleitor no celular;
- 51% têm a versão digital oficial da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no celular;
- 43% têm a versão digital oficial da Carteira de Vacinação.
Essas novas práticas apontam para novas dinâmicas de verificação de dados em plataformas e novas exigências de segurança e privacidade online. As empresas devem ficar preparadas para adaptar as suas plataformas digitais.
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