Segundo uma pesquisa realizada pelo Google, baseada em dados coletados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), atualmente no Brasil as mães representam 33% da população. Só esta informação já seria motivo suficiente para as marcas focarem nesse público quando o assunto é consumo.
Outra informação relevante é que as mães são usuárias assíduas de conteúdos digitais, especialmente quando o tema envolve maternidade. Segundo a pesquisa realizada pela Youpper 2017: “Mães, Influência e Consumo”, assim que descobrem a gravidez, as mulheres passam a fazer 85% mais buscas na Internet.
Para se ter uma ideia, só na última semana, cerca de 8 em cada 10 mães acessaram a rede à procura de algo, uma ótima oportunidade para as marcas participarem mais ativamente do dia a dia real delas.
E a melhor maneira de conseguir essa conexão é entendendo como o comportamento das mães têm mudado ao longo do tempo.
A mudança no comportamento das mães
Nos anos 70, a mulher mãe era vista como “do lar”. Todas as suas funções eram voltadas para os afazeres domésticos. Ao virar a década e até o início do novo milênio, o papel da mãe passou a ser visto como a famosa “mãe margarina”, protagonista de um mundo perfeito onde nada ficava fora do lugar. Esse universo de amor incondicional, só se alterou em 2010, quando surgiram as “super mães”, heroínas capazes de sacrifícios e renúncias em nome dos filhos!
Depois de mais de meio século de transformações, as mães finalmente chegaram ao papel que melhor lhes representa: a de mulheres reais, que apesar de mães, possuem medos, angústias, alegrias e tristezas, como qualquer outra pessoa. Antes de mães, elas são mulheres! E finalmente os filhos e a própria Publicidade e Marketing, começam a perceber a importância de enxergá-las por inteiro.
Entenda que uma mãe é feita de muitos pedaços e além de cuidar dos filhos, ainda encontra tempo para trabalhar fora, cuidar da casa, estudar, se cuidar e tantas outras coisas que elas dão conta de fazer ao mesmo tempo.
Esqueça esta bobagem romantizada de que quando nasce uma criança, também nasce uma nova mulher e que a partir daí, sua única função no mundo é cuidar de sua cria. Na verdade, a única coisa que surge de novo é mais um função, entre tantos outros que elas representam ao longo da vida. Obviamente, a maternidade é um fator importante na construção de uma identidade feminina, no entanto ele não é único!
Na vida real, longe da mulher do lar, do comercial de margarina ou da destemida heroína, a mãe é uma mulher única e sua integridade como ser humano deve ser respeitada e principalmente identificada e valorizada!
É neste perfil repleto de disparidades que as marcas devem focar suas ações. Foi-se o tempo em que a máxima “Mãe é tudo igual”, funcionava. Hoje, a melhor maneira de encantar esse público é justamente focar na diversidade, além da imperfeição da realidade.
Dia das Mães: Aproveite a oportunidade para conquistar novos clientes
Ao que tudo indica, a origem do Dia das Mães é a Grécia antiga e suas festas primaveris em adoração à diversas divindades, que entre outras coisas, representavam as mães.
Não por acaso, ao longo da história, a maioria das mães sempre foi endeusada pelos filhos, sendo colocadas em um distante e intocável pedestal, distanciando-se da realidade de uma mulher de carne e osso, feita de defeitos e qualidades.
E se diversas máximas populares referentes as mães, caíram por terra ao longo do tempo, como “ser mãe é padecer no paraíso”, ou “mãe é tudo igual”, a expressão “mãe só tem uma”, ainda pesa!
Tanto é que o Dia das Mães é a segunda melhor data para o comércio, perdendo apenas para o Natal, sinal de que para os filhos realmente, “mãe só tem uma” e que por isto, elas merecem um presente especial.
De acordo com pesquisas recentes, divulgadas pelo Google, 6 em cada 10 entrevistados vão comprar presente para a mãe esse ano. Achou a notícia interessante para sua marca? Então mais dois dados para animar e um terceiro para refletir:
- 45% das pessoas pretendem gastar mais em presentes para as mães, em comparação à 2018, ano que teve o melhor desempenho de vendas na data, dos últimos cinco anos.
- 6 em cada 10 pessoas dizem estar dispostas a fazer compras em um novo varejista e este ano, 65% pretende dar um presente de categoria diferente em relação ao ano passado.
- Quase metade das pessoas dizem comprar os presentes na véspera do Dia das Mães, ou até no mesmo dia.
Diante de todo cenário apresentado, que tal preparar ações específicas para atrair a atenção de seus potenciais clientes?
Analise o perfil desse público, saiba para qual problema seu negócio ou produto é a solução e a partir desta reflexão, crie uma comunicação verdadeira e contemporânea, tendo como foco a conexão com mulheres reais, que possuem desejos próprios e que esses, não necessariamente estão ligados ao fato de serem mães.
Se acertar na escolha da ferramenta, no planejamento e na execução, além de se diferenciar da concorrência, ainda promoverá uma experiência de compra mais agradável para seu cliente, e de quebra terá grande possibilidade de conquistar sua confiança, gerando fidelização à marca.
Quer performance melhor, do que agradar um público com tanto potencial? Não custa lembrar também, que mães estão na função 24 horas por dia, 365 dias por ano e que portanto, agradar esse público pode dar aquela impulsionada no nome de seu negócio.
Questione-se:
- Quais são suas prioridades?
- O que elas precisam no momento?
- Com o que sonham?
A partir daí, desenhe suas estratégias, acompanhe o desempenho e ajuste se for necessário.
Como alinhar a expectativa das mães com a percepção dos filhos?
Comprovando o quanto uma mãe pode surpreender em relação a seus desejos, uma pesquisa feita em fevereiro deste ano, pelo Google Survey apontou uma grande variação de possibilidades sobre coisas e objetos que elas gostariam de ganhar no Dia das Mães deste ano.
A mesma pesquisa também foi feita com os filhos. Perceba a discrepância dos resultados.
Desejo delas:
- 33% das mães desejam: roupas, sapatos e acessórios
- 22% das mães desejam: celulares/smartphones
- 16% das mães desejam: perfumes e cosméticos
- 14% das mães desejam: chocolates e flores
- 13% das mães desejam: joias e bijuterias
- 12% das mães desejam: eletroportáteis e eletrodomésticos
O que os filhos acham que elas querem:
- 48% dos filhos acham que elas desejam: roupas, sapatos e acessórios
- 30% dos filhos acham que elas desejam: perfumes e cosméticos
- 19% dos filhos acham que elas desejam: chocolates e flores
- 17% dos filhos acham que elas desejam: Joias e bijuterias
- 15% dos filhos acham que elas desejam: eletroportáteis ou eletrodomésticos
- 11% dos filhos acham que elas desejam: celulares e smartphones
Como podem ver, o interesse por diversas categorias de produtos reflete dois argumentos defendidos por este conteúdo até aqui:
- Todo mundo tem suas individualidades e as mães não fogem à regra;
- O interesse por categorias múltiplas, abre uma boa oportunidade de vendas para os varejistas.
Em resumo, o segredo do sucesso nesta data, está justamente em esquecer as ideias antigas sobre o conceito de maternidade, privilegiando a mulher, que apesar de tantas tarefas (trabalhar fora, cuidar dos filhos, cuidar da casa, estudar, tentar ter minimamente algum momento de lazer, descanso, saúde e beleza) ainda vive – ou sobrevive – dentro de cada mãe.
Desta forma sua marca não apenas conseguirá transformar o Dia das Mães na melhor data do ano para seu negócio, como também para mães e filhos, que finalmente encontrarão o entendimento sobre o que uma mãe deseja de verdade nesta data tão significativa.
E por último, mas não menos relevante: Nunca acredite nelas quando dizem que não estão precisando de nada. Todo mundo sempre sonha com alguma coisa e com as mães, não pode ser diferente.