A transformação digital é um caminho sem volta e algumas empresas se questionam como manter a sua identidade. Mas vamos ser sinceros: a mudança no comportamento do consumidor e o avanço tecnológico são inevitáveis. O truque está em encontrar um equilíbrio entre a tecnologia e a essência da marca, o que, convenhamos, não tão complexo.
Esta transformação no varejo é uma oportunidade para crescimento e fortalecimento da marca e saber como incorporar a tecnologia sem perder a essência é o caminho, e muitas empresas se deparam com o desafio “como inovar sem perder a identidade”. As mudanças impõem novas necessidades, mas a verdadeira revolução está em encontrar o equilíbrio entre tecnologia, inovação e a essência da marca, .
Eu posso dizer que é possível integrar a transformação digital de forma que ela fortaleça a identidade da marca, em vez de transformá-la em um robô sem alma. Qual é o segredo? Entendendo as necessidades do cliente e mantendo os valores da marca no centro de qualquer inovação.
A Natura é um exemplo perfeito disso. Mesmo ao expandir sua operação digital, ela não perdeu sua essência de sustentabilidade e conexão emocional com os clientes. Eles conseguiram integrar e-commerce, redes sociais e marketing de conteúdo, mantendo um discurso autêntico e alinhado aos seus valores.
Diversas empresas demonstraram que a transformação digital não apenas melhora a eficiência operacional, mas pode ser a chave para o crescimento acelerado. Um exemplo notável é a Magazine Luiza. Ao adotar uma estratégia de integração entre suas lojas físicas e o e-commerce, a empresa criou um modelo de omnichannel eficiente, que resultou em um aumento significativo nas vendas online. A plataforma digital da Magazine Luiza se tornou um verdadeiro hub de experiência do cliente, integrando as lojas físicas.
E não podemos esquecer da C&A, que fez investimentos significativos em soluções tecnológicas como inteligência artificial para otimização de estoques e personalização da experiência de compra online. A marca transformou a jornada do consumidor ao oferecer recomendações personalizadas no e-commerce, aumentando a satisfação e as vendas. Porque, afinal, quem não gosta de um mimo extra enquanto faz compras online?
Mas apesar das oportunidades, muitos enfrentam diversos obstáculos ao tentar escalar digitalmente.
Listei alguns pontos de atenção nesta jornada.

Negligenciar a experiência omnichannel
Tratar seus canais físico e digital como operações separadas é prejudicial, porque a experiência do cliente precisa ser fluida em todos os pontos de contato, do físico ao digital.
A Falta de uma estratégia de dados robusta
Não coletar ou analisar dados adequados sobre o comportamento do cliente é um erro que impede o crescimento. Empresas como a Amazon se destacam pela análise de dados para prever comportamentos de compra e personalizar ofertas.
Subestimar a importância do mobile
O mobile-first não é apenas uma tendência, mas uma necessidade. Varejistas que não adaptaram seus sites e e-commerce para uma experiência mobile-friendly perderam grandes oportunidades. A Zara, por exemplo, tem um site completamente otimizado para dispositivos móveis, o que facilita a compra e a navegação.
Ignorar a automação de processos
A automação pode melhorar a eficiência, reduzir custos e aumentar a agilidade. Leroy Merlin é um exemplo de varejista que, ao adotar ferramentas de automação de marketing e logística, conseguiu melhorar seus processos e agilizar as entregas.
Não investir em treinamento digital para equipes
A transformação digital não acontece apenas com tecnologia, mas também com pessoas preparadas. Investir em capacitação é essencial para o sucesso de qualquer mudança digital.
A digitalização no varejo tem transformado profundamente a experiência do cliente. Antes, o processo de compra era linear, com o cliente indo à loja física ou acessando um site de e-commerce. Hoje, as fronteiras entre os canais estão borradas, e o consumidor espera uma experiência contínua e personalizada, seja no ambiente físico, digital ou mobile.
Um exemplo de adaptação bem-sucedida foi a Nike, que lançou o programa “Nike App at Retail”, permitindo aos consumidores realizar compras pelo aplicativo enquanto estão na loja física, o que otimiza a experiência e acelera o processo de compra.
A Lojas Renner também se destacou com a implementação de um sistema que permite ao cliente escolher o produto online e retirá-lo na loja física, melhorando a conveniência e oferecendo uma experiência mais ágil e personalizada.
Sei que transformação digital no varejo é um processo contínuo e deve ser encarado como uma oportunidade de inovar e conectar-se de maneira mais eficiente com o consumidor. E ao integrar a tecnologia de forma estratégica, atente a manutenção da essência da marca e foque em experiência do cliente e dados, podemos não apenas se adaptar às novas exigências do mercado, mas também nos destacar em um ambiente competitivo e dinâmico.
E você está pronto para transformar seu negócio e fazer parte dessa revolução digital no varejo?
Paula França é gestora especialista em planejamento estratégico e transformação digital com mais de 20 anos de experiência em varejo.
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As opiniões aqui contidas são de responsabilidade de seu autor e não refletem necessariamente a opinião da Bring Me Data e do blog da Macfor.