O marketing digital está em um momento de transformação: a passagem do aspiracional perfeito para o “aspiracional possível”.
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As marcas, anteriormente focadas em apresentar uma imagem muitas vezes inalcançável, estão descobrindo que a autenticidade e a acessibilidade estão se tornando os novos padrões de engajamento e conexão com o público.
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A queda do perfeccionismo
Houve uma época em que as redes sociais eram dominadas por imagens de perfeição estética, com influenciadores e marcas investindo pesadamente em produções fotográficas de alta qualidade.
No entanto, os dados indicam que essa abordagem não ressoa mais tanto com o público.
Uma pesquisa realizada pelo Interactive Advertising Bureau (IAB) sugere que 63% dos consumidores preferem comprar de marcas que tratam de imperfeições e humanidade real em suas publicidades.
A valorização da realidade
A mudança de foco para o “aspiracional possível” reflete um desejo crescente por representações mais realistas e alcançáveis.
Isso inclui a aceitação de imperfeições humanas e a promoção de inclusividade e diversidade. Um estudo da Accenture mostrou que 69% dos consumidores são mais propensos a comprar de uma marca que demonstra diversidade em suas promoções.
Impacto nas estratégias de Marca
Para as marcas, adaptar-se a essa mudança não é apenas uma questão de ajustar o conteúdo visual; é uma revisão da maneira como comunicam com seu público. Isso significa:
- Humanização da marca: as marcas precisam focar em criar conteúdos que reflitam a realidade dos seus consumidores, como foi exemplificado pela Selena Gomez comendo macarrão de forma descompromissada.
- Diálogo aberto e conteúdo relacionável: engajar os consumidores com conteúdo que fale diretamente às suas vidas, não apenas inspirando, mas também sendo parte delas.
- Diversidade e inclusão: incorporar uma gama mais ampla de experiências e identidades para falar com um público mais diversificado.
Exemplos práticos
- Marcas de beleza: empresas como Dove e Aerie têm sido pioneiras em campanhas que destacam corpos reais e não retocados, o que tem ressoado positivamente com o público, mostrando aumentos significativos no engajamento e nas vendas.
- Tecnologia e redes sociais: Plataformas como Instagram estão ajustando seus algoritmos para promover conteúdos que geram conexões autênticas, em resposta ao esgotamento do público com a perfeição inatingível.
Diversos estudos e pesquisas reforçam essa mudança, destacando um desejo crescente por marcas que promovem inclusão e acessibilidade.
De acordo com a McKinsey, 68% dos consumidores expressaram insatisfação com o alto volume de conteúdo patrocinado nas redes sociais, pois indica uma preguiça com estratégias de marketing excessivamente polidas e irreais.
A Euromonitor também identificou até uma preferência emergente por interações autênticas entre humanos e máquinas, ressaltando a importância de criar experiências de compra autênticas para os consumidores que não tem sido encontrada na medida ideal nas jornadas de compra convencionais.
A pesquisa da Mintel revelou que a crise do custo de vida está impactando significativamente os comportamentos de consumo, com muitos consumidores optando por marcas que demonstram responsabilidade social e sustentabilidade, mesmo em tempos de inflação.
Essas preferências são amplamente apoiadas por dados que mostram uma inclinação crescente para produtos e experiências que promovem a sustentabilidade, mesmo que isso signifique um custo um pouco maior.
Entre na era do aspiracional possível
Esses insights são cruciais para as marcas que buscam se conectar de maneira mais profunda com seus consumidores.
Ao adotar uma abordagem de marketing que valoriza a realidade e a inclusividade, as marcas podem reforçar sua autenticidade e criar um vínculo mais forte com seu público e entrar com sucesso na era do aspiracional possível.
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