O agronegócio brasileiro está em uma fase de transformação, impulsionado pela crescente adoção de biosoluções que prometem uma revolução sustentável e economicamente vantajosa.
A biotecnologia, que há alguns anos era vista como uma inovação promissora, agora se tornou uma ferramenta essencial para enfrentar desafios ambientais, produtivos e econômicos.
Isso inclui desde o uso de bioinsumos até o desenvolvimento de culturas mais resistentes, adaptadas às condições climáticas desafiadoras e com impacto ambiental reduzido.
Crescimento do setor de biotecnologia e projeções
As projeções de mercado para os próximos anos indicam que o setor de biotecnologia no agronegócio deve experimentar um crescimento acelerado.
No Brasil, o mercado de bioinsumos, que inclui biopesticidas e biofertilizantes, deve alcançar R$17 bilhões até 2030.
Apenas entre 2022 e 2023, esse setor apresentou uma taxa de crescimento de 23%, o que demonstra uma tendência robusta de adoção no cenário agrícola nacional.
A expansão é reforçada pelo aumento de áreas tratadas com biodefensivos, como as culturas de soja e cana-de-açúcar, onde o uso de produtos biológicos cobre, respectivamente, 33% e 50% das áreas plantadas.
Esse crescimento é impulsionado, em grande parte, pela demanda por soluções sustentáveis, que reduzem o uso de produtos químicos convencionais.
A preferência por biosoluções também reflete uma tendência global por práticas agrícolas menos agressivas ao meio ambiente, que promovem a preservação de insetos benéficos e a melhora da saúde do solo.
Além disso, o setor de biodefensivos deverá manter um crescimento médio de 36% ao ano até 2030, segundo dados da CropLife e do Ministério da Agricultura.
Segmentos mais beneficiados pela biotecnologia
- Bioinsumos: este segmento está liderando a transformação do agronegócio brasileiro. Produtos como biopesticidas e biofertilizantes têm atraído produtores que buscam alternativas aos insumos químicos. A projeção é de que esses insumos continuem a ganhar mercado, tanto pela eficácia no controle de pragas e no fortalecimento das plantas quanto pela contribuição para práticas agrícolas sustentáveis.
- Genética e melhoramento de culturas: técnicas como o CRISPR estão permitindo o desenvolvimento de plantas mais resistentes a doenças e condições climáticas extremas. Este é um fator crítico para culturas estratégicas do Brasil, como a soja e o milho. Espera-se que essa área atraia cada vez mais investimentos em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento), promovendo cultivares adaptadas às necessidades do mercado interno e internacional.
- Agricultura digital: as plataformas de big data e IA (inteligência artificial) estão se tornando ferramentas indispensáveis para o monitoramento e otimização de atividades agrícolas. Essas tecnologias ajudam na previsão de safras, gestão de recursos e análise de solo, permitindo uma agricultura mais eficiente e integrada.
Por que a biotecnologia está em alta agora?
A popularidade crescente das biosoluções é sustentada por uma base sólida de pesquisa e desenvolvimento, com um interesse acentuado por parte dos produtores e investidores.
Além de serem mais ecológicas, essas soluções são frequentemente mais eficazes e econômicas. Isso se alinha com a necessidade global de práticas agrícolas mais responsáveis e a busca por um modelo de agronegócio que respeite o meio ambiente e promova a resiliência climática.
O Brasil, com sua vasta experiência agrícola e potencial de inovação, está bem posicionado para liderar essa transformação, consolidando-se como um dos principais mercados de biotecnologia agrícola.
O momento da biotecnologia chegou e, com ele, uma oportunidade ímpar para transformar o setor agrícola brasileiro.
O crescimento previsto, impulsionado por tendências de sustentabilidade e avanços tecnológicos, mostra que o hype em torno das biosoluções é não apenas justificado, mas essencial para o futuro do agronegócio no país.
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