Falta de novidade da Apple gera receio no Itaú
A recente apresentação do novo iPhone trouxe à tona uma série de questionamentos sobre a capacidade de inovação da Apple e, consequentemente, sobre o futuro da empresa no mercado de tecnologia.
Para gestores de marketing, este é um momento crucial para refletir sobre a importância da inovação contínua e sobre como as expectativas do mercado podem influenciar a percepção de valor de uma marca.
Suposta falta de novidade na Apple aponta para a importância da inovação contínua
A Apple, conhecida por sua capacidade de inovar e surpreender o mercado, parece ter entrado em uma fase de inovações incrementais.
Com um investimento anual de US$ 30 bilhões em pesquisa e inovação, a expectativa era de que a empresa apresentasse grandes novidades. No entanto, a sensação de déjà vu dominou o evento. Para gestores de marketing, isso ressalta a necessidade de equilibrar inovações incrementais com inovações disruptivas para manter a marca relevante e competitiva.
O receio do Itaú BBA com a Apple
O Itaú BBA expressou receio em indicar as ações da Apple por várias razões, após o evento anual da marca. Uma das principais razões alegada por especialistas é a falta de inovação significativa.
A apresentação do novo iPhone não trouxe grandes novidades. As mudanças nos novos iPhones foram descritas como “apenas incrementais”, o que é frustrante, considerando o investimento anual da Apple de US$ 30 bilhões em pesquisa e inovação. A reação do mercado foi impactante: após o evento, as ações da Apple caíram 2%.
Novos riscos para a Apple
A decisão da Apple de manter os preços da maioria dos modelos de iPhone indica um desafio em compensar a queda na demanda com preços mais elevados. Em um mercado competitivo, a estratégia de precificação é crucial.
Além disso, a decisão da China de proibir que funcionários do governo usem iPhones é um lembrete de como fatores externos podem impactar drasticamente as vendas. A dependência da Apple no mercado chinês, que responde por 20% de seu faturamento, é um alerta para gestores de marketing sobre os riscos de depender excessivamente de um único mercado.
A possível intervenção do governo americano no acordo entre Apple e Google ressalta os riscos associados a parcerias estratégicas.
A novidade na Apple são os desafios
O cenário atual da Apple, com um valuation difícil de justificar em comparação com seu histórico, destaca a importância de uma análise contínua de valuation para gestores de marketing. Compreender o valor percebido da marca e ajustar estratégias de marketing de acordo é crucial para o sucesso a longo prazo.
O analista do Itaú BBA, Thiago Kapulskis, mencionou que o valuation da Apple é difícil de ser justificado, especialmente quando comparado ao lucro esperado para o próximo ano. Historicamente, a Apple negociava com um preço/lucro ao redor de 19x, mas esse múltiplo aumentou durante a pandemia. Nos últimos dois trimestres, a Apple reportou queda nas vendas e nos lucros.
O Itaú estabeleceu um preço-alvo de US$ 162 para a ação da Apple, que é 8% abaixo do fechamento do dia anterior ao relatório, a US$ 176,30.
Dadas todas essas razões, o Itaú BBA reiterou sua recomendação de venda para as ações da Apple e expressou uma visão mais pessimista sobre a empresa.
Análise
O cenário atual da Apple oferece insights valiosos de business intelligence e marketing. A capacidade de adaptar-se, inovar e responder aos desafios do mercado é mais crucial do que nunca.
A Apple, com sua rica história de inovação, enfrenta agora o desafio de redefinir sua proposta de valor em um mercado cada vez mais exigente. Esse caso serve como um lembrete da importância da adaptabilidade, inovação e análise contínua.
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