Por que alguns lugares proíbem a entrada de influencers?
Nos últimos dez anos, o cenário do marketing digital viu um crescimento exponencial no papel dos influenciadores e criadores de conteúdo. Eles tornaram-se fundamentais para marcas que buscam promover produtos e para consumidores em busca de inspiração e recomendações em diversos setores, como moda, gastronomia e turismo.
No entanto, essa tendência está enfrentando uma reviravolta interessante. Algumas empresas, especialmente no setor de hospitalidade e turismo, estão reavaliando a presença de influenciadores em seus espaços. Este artigo explora os motivos por trás dessa mudança e as implicações para o marketing digital.
A ascensão dos influenciadores
A indústria de influenciadores digitais viu um crescimento surpreendente, atingindo um valor de mercado global de US$ 21,1 bilhões em 2023, um aumento triplo desde 2019, segundo dados da Stats. Esses números refletem como influenciadores se tornaram peças-chave na estratégia de marketing de muitas marcas.
A crise no relacionamento
Apesar de seu sucesso, esse modelo de negócio está se tornando menos viável para certos estabelecimentos. Cafés, restaurantes e destinos turísticos começaram a proibir a entrada de certos tipos de influenciadores. Mas, por que essa mudança?
1. Evitando o “Sucesso Mortal”
Alguns analistas sugerem que essa tendência é uma resposta ao fenômeno de “morrer de sucesso”. Estabelecimentos que ganham muita atenção nas redes sociais frequentemente atraem um grande fluxo de visitantes, o que pode ser insustentável. Cafés e restaurantes menores podem não ter a infraestrutura ou o pessoal necessário para lidar com um aumento repentino e maciço de clientes.
2. Qualidade vs. Quantidade
Outra questão é a transformação do público. Muitos visitantes influenciados por esses criadores de conteúdo vão aos locais apenas para “marcar presença” ou tirar fotos, sem se tornar clientes fiéis. Essa dinâmica pode afetar negativamente a experiência de outros clientes e a operação do negócio.
3. O Impacto no Ambiente do Estabelecimento
A presença constante de influenciadores, muitas vezes mais focados em capturar o momento perfeito para suas redes sociais do que em apreciar a experiência, pode alterar a atmosfera do local. Isso pode ser prejudicial para estabelecimentos que valorizam uma experiência autêntica e descontraída.
Um exemplo notável é o Mercado de la Boqueria, que proibiu fotos em seu interior. A decisão foi tomada para preservar a autenticidade da experiência do mercado e garantir que os visitantes se concentrem mais nas ofertas locais do que nas oportunidades de fotos.
Por que “proibir” a entrada de influenciadores
Esse movimento gera importantes questionamentos para o marketing digital:
- Autenticidade vs. Publicidade: É crucial encontrar um equilíbrio entre a promoção do negócio e a manutenção de uma experiência autêntica para os clientes.
- Engajamento de Longo Prazo: Marcas e estabelecimentos devem se concentrar em construir relacionamentos de longo prazo com os clientes, em vez de buscar apenas visibilidade de curto prazo.
- Seleção de Influenciadores: A escolha de influenciadores com alinhamento aos valores da marca e um público genuinamente interessado é essencial.
- Gestão de Expectativas: É importante gerenciar as expectativas em relação ao que os influenciadores podem oferecer, considerando não apenas o alcance, mas também a relevância e a qualidade da audiência.
A decisão de alguns restaurantes, cafés e destinos turísticos de limitar a presença de influenciadores reflete uma mudança significativa na maneira como esses negócios veem o marketing digital. Essa tendência sublinha a importância de priorizar a autenticidade e a qualidade da experiência do cliente.
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