O Super Bowl é muito mais do que apenas um jogo de futebol americano. Ele se tornou um verdadeiro espetáculo de entretenimento, com produções grandiosas, campanhas publicitárias milionárias e, claro, o icônico show do intervalo.
Mas nem sempre foi assim. O primeiro halftime show, em 1967, contou com apresentações de bandas estudantis e o trompetista Al Hirt. Hoje, o evento se transformou em um dos momentos mais aguardados do ano, atraindo algumas das maiores estrelas da música mundial.
Nos últimos anos, essa evolução contou com um empurrão estratégico da Roc Nation, empresa de entretenimento fundada por Shawn “Jay-Z” Carter. A parceria com a NFL ajudou a revitalizar a atração, tornando-a mais relevante para o público jovem e reconectando a liga com a cultura pop. Mas será que essa colaboração tem data para acabar?
No final da década de 2010, a NFL enfrentava um problema: a liga estava perdendo apelo entre os espectadores mais jovens. Além disso, grandes artistas como Pink e Cardi B recusavam convites para o show do intervalo, o que levantava um sinal de alerta para os organizadores.
O pano de fundo dessa crise envolvia questões de justiça social, intensificadas pelos protestos liderados por Colin Kaepernick, e a resposta considerada insuficiente da NFL a essas demandas.
Diante desse cenário, a liga decidiu buscar uma solução inovadora e, em 2019, fechou um acordo com a Roc Nation para reformular o espetáculo musical do Super Bowl. A missão de Jay-Z era clara: tornar o evento novamente “cool” e atrativo para um público mais amplo.
Um novo patamar de entretenimento
A primeira grande aposta da Roc Nation veio em 2020, com um show repleto de referências à cultura latina, estrelado por Shakira, Jennifer Lopez e Bad Bunny. O impacto foi imediato, gerando um enorme engajamento nas redes sociais. Um contraste evidente com o show do Maroon 5 no ano anterior, que foi amplamente criticado e rapidamente esquecido.
A partir daí, a tendência de elevar o espetáculo só cresceu. Nomes como The Weeknd, Eminem, Rihanna e Usher passaram pelo palco do Super Bowl, cada um deixando sua marca e ajudando a consolidar a relevância do evento.
Em 2024, Kendrick Lamar assume o protagonismo do show, trazendo ainda mais expectativa, especialmente após sua recente vitória no Grammy e as polêmicas envolvendo sua rivalidade com Drake.
O futuro da parceria entre Roc Nation e NFL
Apesar do sucesso evidente, a longevidade dessa colaboração ainda é incerta. Nenhuma das partes revelou detalhes sobre a duração do contrato. Relatórios anteriores indicam que o acordo inicial foi de cinco anos, com um valor estimado em US$ 25 milhões, o que teoricamente significaria que ele teria expirado em 2024.
Roger Goodell, comissário da NFL, afirmou em outubro do ano passado que a parceria continuaria, mas sem oferecer mais informações. A Roc Nation e a liga, por sua vez, não comentaram oficialmente sobre o futuro do acordo.
O que se sabe é que a NFL segue em uma posição de força. Enquanto outras ligas esportivas enfrentam desafios com a transição para o streaming, a NFL mantém sua audiência estável e suas franquias continuam se valorizando.
Ainda assim, a importância de manter o evento alinhado com a cultura pop é inegável. Nesse sentido, Jay-Z provou ser um grande trunfo, entregando espetáculos marcantes e conquistando até agora cinco prêmios Emmy para o halftime show.
O Super Bowl e a cultura pop: qual será o próximo passo?
O show do intervalo de 2024 promete ser um dos mais impactantes da história. Kendrick Lamar, além de ser um dos maiores rappers da atualidade, também se tornou uma figura central na cultura pop devido à sua recente batalha musical contra Drake. Além disso, ele será o primeiro artista do gênero a liderar o evento solo, algo que reforça ainda mais o posicionamento da NFL junto à nova geração de fãs.
Jay-Z e sua Roc Nation conseguiram revitalizar o Super Bowl como um grande evento de entretenimento global. A questão agora é: o que vem depois? Se essa parceria se mantiver, podemos esperar mais espetáculos icônicos e momentos inesquecíveis. Mas, independentemente do que aconteça, uma coisa é certa: a música e o esporte continuarão caminhando juntos para criar experiências memoráveis.
Fonte: Bloomberg Línea
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